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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Estranha saudade

Eu vou correndo contra o tempo, pra ver se te encontro, mais o tempo nem existe,você não existe.A tempos só existe o medo,a solidão, o frio, principalmente o frio, vontade de me recolher, fugir pra bem longe,mas, essa angustia sempre me encontra,em todo os lugares que eu vou, o frio ta sempre lá, já faz parte de mim.Tenho medo de me perder nessa escuridão,era tão mais fácil quando o sol brilhava todos os dias.
Só quero te dizer que a saudade ta apertando,e dói muito,sabe, queria que você estivesse aqui,aconteceu tanta coisa, eu precisei muito, muito de você aqui perto, ainda preciso.Outro dia senti tua presença,por um momento achei que você fosse bater na porta e me puxar de volta para a luz, mas não, não foi dessa vez.
Não tenho vontade de ver ninguém, de falar com ninguém, só sei escrever, contar meus problemas pro papel, só sei procurar soluções em livros, preciso de você pra me sacudir, me acordar desse pesadelo, digo você porque ainda não sei seu nome, nem seu endereço, nem onde você está agora, só sei que você existe e que quando eu menos esperar vai me puxar desse abismo,de volta para a claridade e para os dias ensolarados.Como sempre, te espero.Continuo aqui onde sempre estive. Me encontre!


Larissa Castilho Lemos





"Parei um pouco de escrever para olhar pela janela e principalmente para ver se eu conseguia deter o parafuso entrando no pensamento. Acho que consegui. Porque quando começo assim não consigo mais parar, e não quero que eles me dêem aquela injeção, não quero ouvir eles dizendo que não tem remédio, que eu não tenho cura, que você não existe. Eu acho graça e penso em como você também acharia graça se soubesse como eles repetem que você não existe." (Caio Fernando Abreu)



"Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo."(Caio Fernando Abreu)

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