Um café e um amor. Quentes, por favor!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

(Re)começo

O tempo fechou,o frio voltou, e amanhã não se sabe.


-Um amanhecer e tudo tinha mudado,não sei quando me perdi,nem como voltar.

-Não tem volta,você vai encontrar vários caminhos, uns melhores,outros piores,mas nenhum se repete,as escolhas tomadas aqui vão refletir na eternidade, do que passou só fica a lembrança,guarde todas,vire a página e continue a escrever seu livro.

-E a dor?

-Pode passar amanhã,semana que vem,ou no próximo verão,quem sabe? Mas passa,sempre passa,no fim sobra só a cicatriz,essa não parte nunca,com o tempo você esquece,nem nota sua presença,mas ela continua ai em algum lugar.

-Eu insisto em apertar a mesma tecla, cometo os mesmos erros,a dor sempre volta.

-Paciência menina, essa é a chave dos teus erros,com um passo de cada vez também se chega ao destino.As coisas acontecem no ritmo que tem que acontecer,você não espera,não escuta,faz tudo por impulso.

-O ano vai acabar,e eu não sei o que virá,mais uma vez,acho que é minha sina.

-Você ta só começando,tem muita coisa boa te esperando,e coisas ruins também,faz parte do jogo.Tem um ano inteiro só esperando pra ser usado,veste seu melhor sorriso,e vai,o verão ta ai, e depois de um outono sempre vem a primavera.


Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Simplicidade

Felicidade é sorriso estampado no olhar.
Amizade é quando as mãos não se soltam com a distância.
Saudade é vida que continua quando a gente quer voltar.
Afinidade é quando as almas se reconhecem no escuro.
Paixão é quando o beijo encontra a alma.
Amor é quando a paixão esquece de acabar!


Larissa Castilho Lemos

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Liberte-se

Passou, acabou, the end,fim.Chame do que quiser,como quiser,o que eu sei é que assim não dá, pra mim não dá,não há esforço que aguente essa falta de retorno. Não adianta insistir, por mais que a gente queira algumas coisas não mudam nunca. Então das duas uma: ou aceita, ou desiste, o que não dá é ficar ai, alimentando esperanças sem fundamentos. É como eu sempre digo, põe na balança, se o lado ruim pesou mais ta na hora de ir embora, ou em um português mais claro, cai fora (ta em tempo)!



Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nem planos,nem contratos

Não vou dizer amor, por que amor não sei,mas digo carinho,respeito,confiança,digo do mais puro e inocente afeto,porque disso sim,bem sei.
Não vou pedir que fique comigo para sempre, porque isso é tempo,e mais relativo que nós dois,só juntando minha mudez de palavras,com sua inquietação de alma.
Não vou fazer comparações matemáticas, porque teu tudo,mesmo sendo pouco,já faz toda diferença, e meu pouco, mesmo sendo muito, nem sempre é suficiente.Mas a soma com certeza é positiva.
Não quero planos para o futuro, quero eternas despedidas,seguidas dos melhores reencontros.
Não vamos ter trilha sonora, mas, sempre que ouvir aquela música que me irrita, e mesmo assim não sai da cabeça, vou lembrar de você.
Não preciso e nem quero declarações em público, quero tudo dito no ouvido, que é para o recado chegar na alma.
Não vamos tirar fotos para gravar o momento, mas tua imagem vai se eternizar na parede das minhas lembranças.
Não somos poema de Shakespeare, muito menos tema de filme de amor, pelo contrario, o que nos faz são nossas imperfeições.
Sem planos, nem contratos. O acordo é ficar bem,segue para liberdade que ao teu lado eu vou seguir também!


Larissa Castilho Lemos

sábado, 2 de outubro de 2010

Amor de Berço

A cada passo ao teu lado
Me sinto mais segura
A cada tombo
Você me levanta
Te quero sempre sorrindo
Te levo sempre comigo
Tua companhia é minha paz
Tua alegria a minha faz
Segue teus instintos
Faz o teu destino
E se lá fora o inverno tomar partido
Faz do meu coração teu abrigo.

Larissa Castilho Lemos

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tranquilidade

Caminhe devagar,
vá com calma,
a tristeza tem sono leve,
não queira acordá-la.
Mantenha o equilíbrio,
pise firme,
o caminho é esse mesmo,
não se perca em teus delírios.
Não segure tanto,
vá de encontro.
Vire as páginas do teu livro,
saiba mais dos teus encantos.


Larissa Castilho Lemos

sábado, 18 de setembro de 2010

Segundos

Vamos viver hoje
Amanhã não sei
Sem bola de cristal
Um futuro talvez
Não te prometo nada
Sou tua sempre
Todos os dias
Mas um segundo de cada vez.

Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Lembranças

As pessoas mudam,as coisas mudam,só não muda a ternura e o afeto,que quando verdadeiros só aumentam com o tempo,e não há distância que apague as lembranças de um passado bom.
Não tem nada melhor do que saber que ainda existem pessoas que valem a pena, que o mundo não é só ruim e triste e que as coisas boas acontecem todo tempo,mas, só quem tem sensibilidade e bondade nos olhos é capaz de enxergar.
No álbum da minha memória seu rosto vai ficar gravado nos melhores momentos, e nas páginas do futuro sempre terá espaço para o seu sorriso.Se nossos caminhos não forem os mesmos, não importa, desvio minha rota para esbarrar com você sempre que der.
Fique bem que eu ficarei também,siga seu caminho que eu fico aqui na torcida,enviando as mais positivas energias pra você.
E se a saudade bater,e o carinho permanecer, volta, volta e preenche meu quebra-cabeça, que fica incompleto quando você não está aqui.


Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sintomas de verão

Passos cada vez mais lentos, olhar distante,e o frio,sempre o frio.Por um momento achei que ele não voltaria,mas voltou,como sempre.
Em todos esses anos, foi o maior intervalo sem ele, fazia sol todos os dias, abandonei os cobertores, descruzei os braços, até descalço andei dia desses.Tudo claro,leve,os machucados trazidos dos dias escuros aos poucos iam se cicatrizando.Voltei a caminhar,pensei em escrever um livro,fiz planos,mudei algumas coisas,fortaleci outras.Sintomas de um verão inesperado.
Ia tudo muito bem, tão bem, que comecei a desconfiar, onde já se viu um verão durar para sempre?
Antes que ele fosse embora sem avisos, nem telefonemas de despedidas, e o frio voltasse mais forte do que nunca, sem ao menos perguntar se era bem vindo,comprei passagem só de ida para um lugar onde a única estação é o inverno, onde o verão e suas promessas de felicidade eterna passam longe, e parti.
Melhor um inverno, que apesar de triste e vazio, esta sempre presente, do que se arriscar a um verão que tão rápido quanto vem, passa.

Larissa Castilho Lemos

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Autocontrole

Respire novos ares,mude a música,dance em outro ritmo,saia dos bastidores,inverta o papel,a história é sua,o diretor e protagonista é você.
Não se deixe em segundo plano,saiba seu valor,conquiste seu espaço,trace objetivos,invista nos seus sonhos.Não espere acontecer,faça acontecer.
Desligue a TV,levante do sofá,tem um mundo inteiro lá fora só esperando para ser conquistado.
Aceite as consequências, responda por seus atos.Fique,saia,volte,mude a direção quantas vezes for preciso.
Guie seu destino,imponha seus limites e não se esqueça:A felicidade tem pressa e quem está no volante é você!

Larissa Castilho Lemos

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Uma hora passa

É o pior sentimento do mundo, é não ter em quem colocar a culpa por que a culpa é única e exclusiva minha, só minha.E eu achando que estava andando no caminho certo,quando na verdade, estava de encontro com o abismo.Foi horrível, doeu muito , ainda dói.Bom pra aprender, é o que dizem.
Aprendi, da pior maneira possível eu aprendi. Que ouvir os outros ajuda, mas, não se ouvir,só atrapalha. Que imaginar a verdade te cega para a realidade.Que encontrar soluções é fácil ,até o dia em que você precisa de uma. Que tentar concertar piora tudo.Que depois que passa, a gente chora. Que mentiras sinceras são bonitas só cantando.
Esses erros pelo menos eu não cometo mais, vão vir outros claro, é da natureza, mas dai já é outra historia.
No mais,continua tudo na mesma, dormindo, acordando,vivendo. E por mais que pareça tudo sem sentido agora, uma hora passa, sempre passa!


Larissa Castilho Lemos

domingo, 15 de agosto de 2010

Última conversa

Foi em um dia daqueles em que nada acontece que as coisas resolveram acontecer, naquele justo dia em que eu não queria nada diferente do que tinha,nenhuma mudança, nada, absolutamente nada, você, como sempre do contra, resolveu querer.

-acho que a gente se perdeu na estrada.
- Já eu, acho que você, de tão distraído, me perdeu no caminho,mas só se deu conta disso esquinas depois.
-Você nunca entendeu, meu jeito ás vezes distante de ficar presente.
-Entendi sim, entendi que você estava sempre de portas fechadas,até abria a janela, mas eu só podia ver, nunca entrar, e nos dias de chuva, quando eu mais precisava de abrigo, nem a janela aberta encontrei.
-Não é assim, você sabe que não é, eu faria e ainda faço tudo pra te ver bem.
-O teu tudo é muito pouco pra mim.
-Com você assim, na defensiva, essa conversa não vai chegar a lugar nenhum.
-É esse o ponto,eu não quero que chegue em lugar nenhum,quis muito e por muito tempo,mas remando sozinha o barco não saía do lugar, o remo estava do seu lado era só empurrar,mas você preferiu cruzar os braços.Nessa altura do campeonato você vem falar de chegar em algum lugar? agora são os meus braços que estão cruzados.
-Você realmente quer isso,por ponto final numa história pela metade?
-O final foi você mesmo que escreveu,e já faz tempo.Queria amassar, jogar fora e começar a escrever tudo de novo, mas não da, a historia é escrita uma vez só, e à caneta, não da pra corrigir.
-Não queria ficar gravado em você como uma lembrança ruim.
-E não vai,não querer mais não quer dizer que eu não goste, ainda gosto, e muito, é melhor acabar assim do que continuar, vendo esse sentimento acabando aos poucos, até que não sobre nada.
-Não sei o que falar.
-Não é preciso.
Tiro do bolso um papel pequeno e amassado e deixo na mesa,sem mais despedidas vou embora.Você permanece sentado,com os olho fixos no bilhete lê:

"Eu quis muito sentir tua presença todas as vezes que você só fez estar ali."


Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Intensidade

Deixo claro que é pra não restar nenhuma dúvida: não quero esperar, um dia, um mês muito menos anos, não quero pra amanhã depois nem daqui a pouco não quero nenhum tipo de espera, quero pra ontem, pra semana passada, pra mês passado, quero cada vez mais, todo os segundos que passam. Perdoe minha sinceridade, mas não vejo motivos para esconder isso.É simples, é claro, é puro até, é o peso das palavras não ditas, silenciadas pelo medo de falar, é o espaço vazio entre o que foi e o que ainda pode ser, é o meu jeito sem jeito de tentar dar nome pra um sentimento que veio não sei de onde, e não me da paz não sei por que, são as descobertas dos últimos meses, são as coisas que mudaram,ainda mudam e as outras que não vão mudar nunca, é gritar no papel o que a boca ainda insiste em calar,é pensar a coisa certa e dizer a errada,são os braços cruzados, a perna que não cessa,é o sorriso sem graça,é a sede, a insatisfação, é querer o dobro quando não deveria querer nem a metade,são as indiretas que erraram a mão e ficaram diretas até demais,são as insistências, é dar uma volta muito grande pra falar e perder o foco, é o medo da coragem.
É olho no olho, batimento acelerado. É arrepio do cabelo aos pés, sangue inconformado. É não ver o tempo passar, você aqui parado. É a importância de um sorriso, afeto imediato. É ver o sol se pôr, janela do meu quarto. É domingo de manhã, cabelo desarrumado. É a paz de um luar, um bem necessário. É encontrar sem procurar, surpresas do acaso. É inspiração garantida, desejos publicados. É felicidade que não cessa,meu sonho idealizado. É você e eu, pinturas do meu quadro.É tudo que eu preciso.É cada instante ao teu lado!


Larissa Castilho Lemos

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Minha vida ,Minha diva,Minha irmã

Minha amiga,minha vida,minha diva, minha irmã.É impossível expressar tudo o que sinto por você em um texto.É infinito,abstrato e concreto ao mesmo tempo,é o que de melhor trago comigo aqui, no lado esquerdo.Você tem o dom de converter tudo em Paz com essa alegria leve,pura, sem maldade,com esse sorriso que contagia.Ter você por perto é aposentar os problemas,dar um basta nas tristezas, abrir a janela e deixar a vida entrar.
No livro da minha vida, faço questão de te desenhar em todas as páginas, porque nenhuma história é completa se eu não tiver você aqui pra me lembrar o quão importante é rir de tudo, inclusive dos problemas.
Minha melhor música é nosso dueto eterno de incansáveis risadas,por que não há no mundo energia igual a tua.
estamos na mesma pista,e apesar da música nem sempre ser a mesma ,dançaremos sempre no mesmo ritmo , por que nada me tira da cabeça que eu sou parte que te falta, e você, a metade que me completa!


Larissa Catilho Lemos



"Os outros que não te conhecem não podem entender bem o porquê da minha ligação toda."

(Caio Fernando Abreu)

sábado, 7 de agosto de 2010

Solidão Escudo

Faz tempo que as coisas não tem mais sentido, sei lá acho que nunca me senti tão sozinha, eu sempre me sinto no lugar errado,e na hora errada, não da pra explicar, e eu nem quero isso. Só queria te dizer, que se ás vezes eu pareço distante , é porque eu to tentando me encontrar, e ta difícil , visto assim parece exagero, e talvez até seja, ta tudo tão bem por aqui, mas ainda falta alguma coisa, sabe quando falta? então, ta faltando.
Perdoe meus silêncios, minhas ausências, tenho me fechado tanto ultimamente que eu nem sei o que é me abrir realmente pra alguém, mas por favor, não pense que eu te esqueci ou que não confio ou me preocupo mais com você, é só que eu preciso ficar em paz comigo, me redescobrir.Lembra da minha desorganização? então , agora ela tomou conta de tudo aqui por dentro, é uma mistura de sentimentos, nem todos bons, é to carregando muita coisa ruim aqui comigo, não um ruim para os outros, ruim pra mim entende? preciso dar uma geral nesse caos, organizar tudo, acho que só assim eu vou ter paz.Só queria te pedir que não leve a mal nada que eu tenha dito (ou não dito) nos últimos meses, eu sei que foram inúmeras as vezes que precisou de mim e eu não estava , e quando estava era quase como se não estivesse, não quero parecer exagerada nem nada, mas é que eu imaginava tudo tão diferente e quando vi já tinha inventado um mundo só meu, pra fugir das realidades, mas isso tudo vai passar, aquela alegria antiga e pura vai despertar, e se puder, e quiser, é só ter paciência, eu te juro que vou voltar!

Larissa Castilho Lemos








"Há uma necessidade cultural de chamar para se divertir um filho que lê um livro no quarto. Será que aquilo também não é diversão? Escutei muito: "Vá brincar lá fora, tem sol". Dentro não pode ter sol? Duvido, sim, dos que não ficam um pouco em si, mergulhados, imersos, centrados, costurando as palavras com os cílios da agulha, tramando uma figura no pano de prato, uma figura que nunca terá legenda. Os pensamentos conversam quando paramos de ouví-los."

(Solidão não é prejudicial à saúde - do livro O amor esquece de começar, Carpinejar, p. 68)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Limite Saudável

O problema de todo relacionamento, amor, amizade ou seja lá o que for,é que cada pessoa tem um limite e o que pra você parece muito, pra outro, pode não ser quase nada, e não tem coisa mais destrutiva que chegar ao seu limite e seu esforço não ser sequer percebido.Claro que todo limite pode ser quebrado,mas alguém realmente merece isso?eu sinceramente não estou mais disposta a me sabotar por ninguém,quando uma pessoa vale a pena, você não precisa ultrapassar seus limites pra dar certo,as coisas fluem, e naturalmente.
Para um relacionamento realmente dar certo os dois tem que partir do mesmo ponto,andar na mesma direção, e se em algum momento um dos dois ficar para trás é porque vocês não tinham o mesmo ritmo, e se for esse o caso, a tendência é não dar certo mesmo, não adianta o quanto você se esforce, nesses casos um sempre se doa mais, se envolve mais, gosta mais, e quem CONTROLA a relação, é quem gosta MENOS.
Pra uma relação dar certo,tem que fugir de qualquer tipo de CONTROLE.


Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sede, Desejo,Inspiração e um pouco mais

Vem,me toma pela mão, me envolve nos teus braços, me faz sentir coisas que até Deus duvida.Vem que eu já não tenho anticorpos pra combater esse desejo que me persegue dia e noite,vem que eu te quero como nunca quis nada nem ninguém.Vem que eu te quero sem amarras, sem cobranças,sem expectativas, sem falsas ilusões.Deixa o tempo cuidar do amanhã, porque eu só tenho olhos pro agora.Vem que eu já não consigo disfarçar minha sede. Eu era silêncio e medo,você me deu voz e coragem, me contentava com pouco, você me fez querer mais, muito mais.Então esquece o bom senso, entra na estrada de escolhas insensatas e vem logo...
Você me deu espaço pra verbalizar,agora eu vou dizer tudo na lata, entrelinhas não tão com nada .Em cada letra desse texto tem um pedaço meu, cada vírgula, cada acento, é tudo que eu to sentindo agora, em forma de poesia porque assim eu grito mais alto.Ao invés de um ponto final, eu termino com reticências que é pra deixar claro que tem mais, sempre tem…

Larissa Castilho Lemos





"Não tenha medo deste texto. Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. Nem de eu ser assim e falar tudo na lata. Nem de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. Nem de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. Nem de eu ter ido dormir com dor na alma o fim de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora. Nem desse meu agora ser do tamanho do mundo." Tati Bernardi

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Despedida

Betinhaaa,
Quero te ver sempre assim, feliz, de bem com a vida, com esse sorriso contagiante, essa energia sem igual.
Se precisar de um abraço, meus braços estarão sempre a dispor, meus ouvidos estarão sempre aqui para os seus desabafos, minha boca estará sempre pronta pra dizer que eu estou aqui pro que der e vier, estamos no mesmo barco minha amiga não te deixarei remar sozinha, reme contra a maré, reme com vontade, mesmo que nossas rotas não sejam as mesmas, mesmo que a distancia seja grande, não importa, não há nada capaz de apagar essa ligação que rompe todas as fronteiras, e nos mantém sempre próximas, essa força maior, e indestrutível que eu chamo de amizade.
Agradeço por tua presença, por todas as palavras, por toda força, e principalmente pelas risadas que compartilhou comigo. Nunca se esqueça que tem aqui uma amiga capaz de mover o mundo por você.
Uma saudade absurda é o que eu vou sentir.
Vai lá, corre atrás dos seus sonhos. Eu fico aqui torcendo por você!
De sua eterna amiga e parceira,
Larissa!




Homenagem pra uma amiga que vai fazer muita falta!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Das Levezas Passadas

É difícil, as pessoas complicam tudo, eu complico tudo, você complica tudo. Queria que fosse tudo mais claro, mais limpo, mais leve. Hoje acordei cedo e vi o sol nascer, duas lágrimas caíram sobre o chão, senti uma paz, uma leveza que a tempos não via, depois caminhei descalço pelas ruas vazias, por um momento esqueci de todas essas correntes que me prendem e me limitam, senti liberdade de pássaro, voei sobre meus sonhos e desejos ,pousei num passado distante, antes da escuridão, das correntes,nadei num rio de águas límpidas e frias,caminhei sobre nuvens,com destino a um lugar luminoso pra lá do arco-íris,um lugar onde não existe ontem nem amanhã, só o tempo presente,onde você é o que é, não o que tem,lá o que conta é o de dentro, tuas virtudes somam teu valor. Por um momento não existiam problemas, tristeza, nem solidão. Eu era leveza , felicidade, eu era a Paz!


Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sufoco

Para não morrer sufocada eu vou embora, para não morrer de saudade eu volto sempre...

Ta ficando tarde e eu preciso dizer antes que não faça mais diferença,antes que seja inútil, porque você sabe palavras também tem validade, e se eu não disser logo vai ser tarde e isso que eu preciso dizer vai ser amargo,com riscos de causar até enjoo, como uma comida que esquecida no fundo do armário, perdeu a validade.
Então eu vou dizendo rápido, e sem pausas: Eu te gosto muito, e te quero aqui perto, doses diárias de você são essenciais para me manter em perfeita harmonia com o mundo, com a vida.Sem você eu não consigo e nem tenho vontade de seguir em frente.Não se assuste se de vez em quando eu ligar de madrugada só para ouvir sua respiração, saber que você está vivo me mantém viva.Eu nunca quis que chegasse a esse ponto, era bem mais fácil quando não havia nada a ser dito nem ouvido, não sei quando foi que eu perdi o controle de tudo, mais perdi e nada mais posso fazer a não ser confessar a minha precisão de ti.Não diga nada, agora não,eu disse ta tarde,muito tarde então não me interrompa me deixa concluir isso que está entalado aqui faz tempo.
O sufoco, é, o sufoco outra vez, vou partir no próximo trem sem destino, talvez até o outono ele tenha passado, ou talvez nunca passe.Se o sufoco passar e de saudade eu não morrer, um dia eu volto!







Larissa Castilho Lemos

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mudança

To cheia disso, quero outro tempo,outro enredo, outra vida, outro tudo.Cansei dessa trilha sonora,telefone que nunca toca, emails não respondidos. Vou trocar o roteiro, mudar de direção.Cansei de ficar sentada esperando as coisas acontecerem,não vou mais me alimentar de sonhos impossíveis. Se não foi é porque não é pra ser, coisa chata essa mania que eu tenho de ficar apertando a mesma tecla.
Sempre que as coisas não fluem num ritmo que te agrada é um bom momento pra mudar, se reinventar.E não, não estão fluindo, por isso, eu vou colocar na bagagem tudo o que for bom e deixar o que não for pra trás.E se pegar a estrada errada de novo não importa, mudo de novo, mudo quantas vezes for preciso.
Junto minhas malas,volto pra estrada e sigo viagem,a eterna procura de mim.Um dia me encontro!



Quanto maior o número de mudanças, maior o número de bagagens que você leva consigo.Sempre é um bom momento para mudar!



Larissa Castilho Lemos

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Estranha saudade

Eu vou correndo contra o tempo, pra ver se te encontro, mais o tempo nem existe,você não existe.A tempos só existe o medo,a solidão, o frio, principalmente o frio, vontade de me recolher, fugir pra bem longe,mas, essa angustia sempre me encontra,em todo os lugares que eu vou, o frio ta sempre lá, já faz parte de mim.Tenho medo de me perder nessa escuridão,era tão mais fácil quando o sol brilhava todos os dias.
Só quero te dizer que a saudade ta apertando,e dói muito,sabe, queria que você estivesse aqui,aconteceu tanta coisa, eu precisei muito, muito de você aqui perto, ainda preciso.Outro dia senti tua presença,por um momento achei que você fosse bater na porta e me puxar de volta para a luz, mas não, não foi dessa vez.
Não tenho vontade de ver ninguém, de falar com ninguém, só sei escrever, contar meus problemas pro papel, só sei procurar soluções em livros, preciso de você pra me sacudir, me acordar desse pesadelo, digo você porque ainda não sei seu nome, nem seu endereço, nem onde você está agora, só sei que você existe e que quando eu menos esperar vai me puxar desse abismo,de volta para a claridade e para os dias ensolarados.Como sempre, te espero.Continuo aqui onde sempre estive. Me encontre!


Larissa Castilho Lemos





"Parei um pouco de escrever para olhar pela janela e principalmente para ver se eu conseguia deter o parafuso entrando no pensamento. Acho que consegui. Porque quando começo assim não consigo mais parar, e não quero que eles me dêem aquela injeção, não quero ouvir eles dizendo que não tem remédio, que eu não tenho cura, que você não existe. Eu acho graça e penso em como você também acharia graça se soubesse como eles repetem que você não existe." (Caio Fernando Abreu)



"Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo."(Caio Fernando Abreu)

sábado, 10 de julho de 2010

Eu vou

Eu vou correr para ver o sol,dançar na chuva,dormir na rede,cantar no espelho.Eu vou passar o dia inteiro na cama, e ficar outros três acordada.Vou sair para ver o mar,pular na cachoeira,subir na árvore,fugir de casa e voltar várias vezes.Vou reinventar meu mundo para não morrer de tédio,vou rir,chorar,abraçar,beijar,perder,encontrar,esquecer,relembrar.Vou procurar e não achar.Vou achar sem esperar.Eu vou olhar a lua,contar estrelas,escrever um livro.Vou esquecer o juízo em casa de vez em quando,só para não morrer sem história.Vou me perder.Vou te achar.Vou fugir.Vou te procurar.Vou sorrir.Vou chorar.Eu vou ser feliz,e espero que você também seja!


Larissa Catilho Lemos






“Por tudo que há de mal no mundo, nós merecemos o máximo do bom. Sem culpa!” Caio.F

domingo, 4 de julho de 2010

Meio encontro

Os relógios estão parados, telefones mudos, a vida la fora continua e eu aqui, sem nenhum movimento , só observando, os gestos, palavras, expressões, todos sempre com muita pressa,olhares preocupados.
A pouco o sol se pôs,foi lindo. Lua cheia , céu nublado, silêncio, paz, as gotas de chuva aos poucos encontram meus pés descalços. Bem ao sul te avisto, caminha em minha direção , sigo lenta, poucos passos, querendo e não querendo te encontrar.Estamos cada vez mais perto,não tenho para onde fugir, não tem mais volta, vai começar outra vez:
-Sinto sua falta.
-Sentimos.
-Não tem mais cor,o sol não vem , não faz mais sentido.
-Ficou muito frio,eu não tinha vontade de procurar um agasalho, você não estava aqui,congelei faz tempo.
-Agora estou aqui.
-Meu corpo também,sem alma, ela não suportou o frio.
-Meu sorriso nunca mais foi o mesmo,meus olhos não brilham mais. Eu te preciso!
-Eu teria te feito muito feliz, mas agora não,não poderia fazer por você o que a tempos não faço nem por mim mesma.
-Daria tudo pra voltar no tempo.
-Eu também, preencheria todos aqueles silêncios com o que queria ter dito e não disse.
-Diga agora.
-Teria mudado tudo, mas,agora não mudaria nada.
-Isso é um adeus?
-Ou um até logo, quem sabe?
Vou me afastando aos poucos, até não te ver mais.Continuo a caminhar na chuva. Mais uma vez não disse tudo o que eu queria ter dito, penso em voltar, mas não, não seria natural, antes de te procurar precisaria me encontrar.Não foi dessa vez, quem sabe na próxima nosso encontro aconteça inteiro.


Larissa Castilho Lemos

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Encontros e Desencontros

Eu não quero,nunca quis,que fosse assim,sem solução.
Queria dizer que é fácil,mas não é.Que existem alternativas,mas não existem.
Desses dias só sobraram a lembrança e a certeza de que as coisas começam e terminam rápido demais,e a gente tem que aproveitar o intervalo antes que não passe disso mesmo, uma lembrança.Talvez a gente se encontre no próximo verão,ou daqui a vinte invernos.Em um lugar improvável, ou nos de sempre.Conversaremos por horas, e depois continuaremos nossos caminhos opostos, pensando em tudo que poderia ter sido e não foi, nas palavras não ditas, nos silêncios não entendidos, que quem sabe nossas estradas se cruzem de novo.Ou talvez a distancia nem exista, e nossos caminhos nem sejam tão opostos assim.Não sei.Não sabes.Não sabemos.


Larissa Castilho Lemos

domingo, 27 de junho de 2010

Eu por mim

Não gosto de tumulto,muita gente,falar demais.Não tenho o menor jeito para prolongar conversas com quem eu não quero conversar.Não sei forçar simpatia,nem sorrir quando não acho graça. Gosto de ler, escrever,ouvir musica (musica de verdade,não isso que chamam de musica).Gosto da noite, olhar a lua, dia chuvoso e nublado.Gosto de ficar acordada até de manhã só pra ver o sol nascer. Quero conhecer lugares,países e pessoas improváveis.Quero sorrisos, mas de vez em quando também quero tristeza.Quero eu e você, mas também quero eu sozinha.Quero silêncio, mas também quero falar tudo (com ou sem palavras).Quero ficar longe,e bem perto. Quero ir embora,mas vou voltar de vez em quando.Quero agora,mas não tenho pressa.Quero noites bem dormidas.Quero insônia.Quero correr.Não quero sair do lugar.Quero ficar sozinha.Quero sua companhia.Não quero abraços,beijos,palavras, nem seu calor, mas,quero que você faça tudo que eu não quero.Eu quero sempre,eu quero nunca, quero tudo e nada,ao mesmo tempo e na mesma proporção.



Larissa Castilho Lemos

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mostra tua cara!


É aqui a terra dos sonhos e dos sonhadores,berço dos lugares mais lindos,é aqui que o sol brilha mais forte ,e apesar de toda a violência de todos que não merecem a honra de serem brasileiros,é e sempre vai ser um bom lugar para se viver,brasileiros de alma,brilho nos olhos, esperança no coração,brasileiros amigos,companheiros,solidários.Somos ouro,somos minas,somos cachoeiras,praias,montanhas,somos natureza viva.Aqui o abraço é mais apertado,os corações são maiores,aqui o amor ta nas ruas,em todo canto, por todos os lugares.Brasil,país do futebol,da musica,da dança,do teatro,do cinema,ou do que mais você quiser que seja.Vamos,enterra a violência,dribla a corrupção e faz um gol na esperança, mostra que ao contrario do que muitos pensam maldade e impunidade não são protagonistas da nossa historia. Brasil,que se fosse pessoa,teria traços lindos um corpo escultural,coração enorme e um brilho nos olhos sem igual. Então como diria cazuza: Brasil, mostra tua cara!
Larissa Castilho Lemos





Ps: "Somos a semente que estava dormente e só esta surgindo da terra agora." P.A.O.D

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Quebre o muro

Eu só quero que você chegue mais perto, não é preciso declarações, nem palavras, é só chegar mais perto e não deixar que essa distancia fique cada vez maior. Porque eu cansei, cansei de metáforas, cansei de desvendar as entrelinhas. Agora eu quero preto no branco. Então não complica tudo, quebre logo esse muro, e chegue mais perto, não vou mais me contentar com essas portas que estão cada vez mais difíceis de serem abertas, não vou me esforçar sem ganhar nada em troca. Eu te quero inteiro, mais perto e agora, então, quebre esse muro e mate meus desejos por inteiro, sem meias curas, sem meio você. Venha de corpo e alma, venha, mas venha todo você , ou não venha mais.


______________________________Larissa Castilho Lemos

Amizade oposta

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Eu sou silêncio, você é grito.
Eu sou escuro, você é luz.
Eu sou medo, você coragem.
Eu sou pouco, você é tudo.
Eu estou morta, você é vida.
Eu sou blues, rock e mau humor,
Você,festa, alegria e simpatia.
Eu sou braços cruzados,
Você, coração aberto.
Eu sou contradição,
Você, sintonia.
Você conhece todo mundo,
Eu nem me reconheço no espelho.
Você se encontrou,
Eu to sempre perdida.
Você tem soluções,
Eu procuro uma saída.
Você é verão,
Eu sou inverno e noite fria.
Você esta indo para a direita,
Eu escolhi a esquerda.
Eu te escuto,
Você me entende.
A amizade é o que temos em comum.
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Larissa Castilho Lemos

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O despertar

"Não é preciso palavras,eu quero o teu silêncio,você bem perto,quero olho no olho.Não se engane com minha aparente falta de vontade,não passa de medo,me escondo entre caras,gestos e palavras para mascarar meu desejo. É como entrar em um quarto escuro,pular de olhos fechados sem saber o tamanho da queda.Você desperta em mim um lado que eu nem mesmo sabia que existia,é como se ele estivesse dormindo em um sono profundo e ninguém até agora tivesse conseguido acorda-lo,o problema é que eu ainda não estava pronta para o despertar desse lado que cada vez mais toma conta de mim, e agora quando olho no espelho me vejo dividida em duas,só eu sei como tenho tentado esconder esse lado que despertou a pouco.Mas quando te vejo perco toda a força e deixo ele tomar conta de mim e junto também sou tomada por desejos, todos esses desejos que estavam esquecidos esse tempo todo e que você,só você conseguiu despertar."


Larissa Castilho Lemos

Te preciso aqui perto!


Eu só queria te pedir que não me deixe aqui sozinha, a vida sem você não faz o menor sentido, eu não tenho forças o suficiente para caminhar sem você do lado. Eu sei que o ciclo é assim, e que uma hora todo mundo vai ter que ir, sei também que tenho que ser forte e aceitar, mais ainda não estou pronta para isso, eu não saberia viver sem teu sorriso, sem teu abraço, não suportaria o fato de não ouvir sua voz. A ultima perda me fez ver que sou mais fraca do que imaginava.Eu daria minha vida por você.Nunca disse a importância que você tem na minha vida,só queria que soubesse o orgulho que tenho de você, e que um sorriso seu é o suficiente para ganhar o dia.Se pudesse pedir uma coisa, pediria para você viver muitos anos ainda, o suficiente para aproveitar sua presença o máximo que eu puder, e para te abraçar milhões de vezes ainda.Eu te amo muito e te preciso aqui perto para me sentir inteira, sou como uma criança aprendendo a andar que precisa de um apoio para manter o equilíbrio.Sem você eu não conseguiria seguir em frente,perderia a força,o equilíbrio, sem você eu cairia.

Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 1 de junho de 2010

Senhoritas das noites vagas


Passamos horas lendo textos que traduzem a nossa sina de trazer com a gente os mais loucos e insanos sentimentos,damas da noite, amantes da lua,
fizemos pacto com a felicidade e vamos atrás dela até o fim dos nossos dias,e se quebrarmos a cara ,e provavelmente vamos quebrar, a gente
levanta e segue mais forte,cada cicatriz vai ser uma nova historia, para contarmos nessa nossa estrada que só tem ponto de partida,nessa nossa festa,
que começou com um choro,mas só tem direito de acabar com o mais luminoso dos sorrisos,com aquela sensação de dever cumprido. Porque se o
assunto for vida,a gente vive,mais intensa e loucamente possível,que é para não deixar brechas pro arrependimento.Trazemos com a gente uma sede
de vida que não se mata com pequenos goles,viramos a garrafa toda sem pensar duas vezes.Fazemos nossa própria sorte,não ficamos esperando ela
bater,estamos de portas,janelas,corações e almas abertas,para todo e qualquer tipo de aventura.Estranhas,sombrias,loucas e lunáticas,senhoritas das
noites vagas- MAS NÃO MORTAS!

Homenagem para a insubstituível senhorita das noites vagas: DANIELA!


Larissa Castilho Lemos

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Don't let me down!

É só isso que preciso falar,faça o que quiser,fale o que quiser, mas não,não me decepcione.
Não mate as poucas expectativas que me sobraram, a pequena (quase invisível) coragem de acreditar em alguma coisa que sobrou.Eu juro que não peço mais nada,que não cobro nada,eu nem menos vou esperar alguma coisa, que isso aumenta as chances disso acontecer.

Sabe,ta cada vez mais difícil,queria aquele sol que brilhava antes dessas tempestades começarem,o sol nunca mais brilhou daquele jeito,perdeu a força,a vontade,sei la, ta morrendo aos poucos.Eu só não quero que esse sol morra e o escuro tome conta de vez desses dias,por isso,repito várias vezes:não me decepcione,não me decepcione,don't let me down!


Larissa Castilho Lemos

domingo, 23 de maio de 2010

Perdida no abismo

Sei la nada além de que as coisas são assim mesmo, problemas todo mundo tem pode acreditar os seus não são os únicos, tem muita gente num poço muito mais fundo que o seu se esforçando pra sair dele e você ai parada,não sai disso,não troca a fita.Só acho que você devia prestar mais atenção nas coisas a sua volta, e ver que tem muita gente do teu lado,torcendo por você,sofrendo por você.Qual é? vai ficar a vida toda nesse buraco? tem muita gente disposta a te ajudar e você ai barrando aproximações, se não tiver vontade de sair dessa,não vai sair mesmo,você ta quase virando parte desse poço escuro,e acredite,se não sair dessa logo,vai ser cada vez mais difícil.E se o problema for uma corda é só falar,tem muita gente disposta a jogar uma e te salvar desse abismo.

Larissa Castilho Lemos

sábado, 22 de maio de 2010

humanos demais !

"Ah, meu amor, as coisas são muito delicadas. A gente pisa nelas com uma pata humana demais,com sentimentos demais. Só a delicadeza da inocência ou só a delicadeza dos iniciados é que sente o seu gosto quase nulo.Eu antes precisava de tempero para tudo , e era assim que eu pulava por cima da coisa e sentia o gosto do tempero."
Clarice Lispector

O ser gritante!

"Mas se eu gritasse uma só vez que fosse, talvez nunca mais pudesse parar. Se eu gritasse ninguém poderia fazer mais nada por mim; enquanto, se eu nunca revelar a minha carência, ninguém se assustará comigo e me ajudarão sem saber; mas só enquanto eu não assustar ninguém por ter saído dos regulamentos. Mas se souberem, assustam-se, nós que guardamos o grito em segredo inviolável. Se eu der o grito de alarme de estar viva, em mudez e dureza me arrastarão, pois arrastam os que saem para fora do mundo possível, o ser excepcional é arrastado, o ser gritante."
Clarice Lispector

Segunda-Feira Blues

onde estão os caras que lutavam dia-a-dia sem perder a ternura jamais ?
onde estão os caras que desmaterializavam moedas de dez mil reais ?
onde estão os caras que desconheciam limites ... universal e singular ?
onde estão os caras que desenhavam novas cidades em guardanapos na mesa de um bar?
onde estão as provas, onde estão os fatos ?
as boas novas eram só boatos ?
onde estão os atos de bravura e rebeldia (ternura guerreada dia-a-dia) ?
será que estamos sós ?
onde estão os caras que pregavam no deserto (o deserto continua lá) ?
onde estão os caras que deixavam as portas abertas para a vida poder circular ?
onde está o teatro mágico só para iniciados ?
onde está o espaço não privatizado ?
onde estão os caras que acenavam com a mão invisível um mercado para todos nós ?
onde estão as provas, onde estão os fatos ?
as boas novas eram só boatos ?
onde estão os caras que lutavam e cantavam ?
por um mundo ideal eles gritavam: não estamos sós !
onde estão os caras que diziam que a guerra ia acabar ?
onde estão os caras que diziam que a maré ia virar ?
onde estão os caras que espalharam o vírus, prometeram a cura e viraram as costas ?
Engenheiros do Hawaii

Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda verdade,
porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfís não coincidiam.
Arrebentaram a porta.Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar.Cada um optou conforme seu capricho,sua ilusão,sua miopia.

Carlos Drummond de Andrade

As palavras me antecedem e ultrapassam


''As palavras me antecedem e ultrapassam, elas me tentam e me modificam, e se não tomo cuidado será tarde demais: as coisas serão ditas sem eu as ter dito. Ou, pelo menos, não era apenas isso. Meu enleio vem de que um tapete é feito de tantos fios que não posso me resignar a seguir um fio só; meu enredamento vem de que uma história é feita de muitas histórias''.

Clarice Lispector

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Quero escrever o borrão vermelho de sangue

Quero escrever o borrão vermelho de sangue
com as gotas e coágulos pingando
de dentro para dentro.
Quero escrever amarelo-ouro
com raios de translucidez.
Que não me entendam
pouco-se-me-dá.
Nada tenho a perder.
Jogo tudo na violência
que sempre me povoou,
o grito áspero e agudo e prolongado,
o grito que eu,
por falso respeito humano,
não dei.
Clarice Lispector

Desejo e morte!

Se é pra morrer, que seja envenenada.
Sei la,algo como tédios seguidos de loucura,um certo grau de embriagues.Sem álcool.De veneno mesmo. Veneno,veneno,veneno.Em seguida a morte.Morrer também salva.

Se não matar seus desejos,eles acabam te matando.
Me veio na cabeça em mais uma dessas noites de insônia.
Parada olhando pro nada,imagens passando na TV,o silêncio em volta
todo mundo dorme.E eu mais uma vez trocando o dia pela noite,tenho mais
de mistério,escuridão e silêncio do que de tardes ensolaradas.Acho que quanto maior
o silêncio externo maior a inquietação interna,pensamentos sem virgulas, nem pontos finais.Mais
vou parar por aqui porque esses assuntos vão longe,e quanto mais escrevo mais penso e mais lembro
dos desejos,aqueles que matam,matam aos poucos,matam de dentro pra fora,e eu morri muitas vezes,mais nunca fechei os olhos, nunca fechei a alma. Boa noite.Boa vida.Boa morte!


Larissa Castilho Lemos.



Atrás de toda ação, há sempre uma intenção.
(Machado de Assis)

Que seja doce!


"Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte:que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce , talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentado no colo de mim"(...)
Caio F.

- E você,por que desvia o olhar?

— E você, por que desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)

— Ah. Porque eu sou tímida."


Rita Apoena

Ler!

"E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente”

. Caio Fernando Abreu in Carta ao Zézim .

Basta uma margarida na sua fossa!

O índice de poluição dos rios é alarmante.
Não entre nessa.
Ponha uma margarida na sua fossa.

O asfalto ameaça o homem e as flores.
Cuidado.
Use uma margarida na sua fossa.

A alegria não é difícil.
Fique atento no seu canto.
Basta uma margarida na sua fossa.

Caio F. Abreu

Lixo e purpurina

"Vem, que eu quero te mostrar o papel cheio de rosas nas paredes do meu novo quarto, no último andar, de onde se pode ver pela pequena janela a torre de uma igreja. Quero te conduzir pela mão pelas escadas dos quatro andares com uma vela roxa iluminando o caminho para te mostrar as plumas roubadas no vaso de cerâmica, até abrir a janela para que entre o vento frio e sempre um pouco sujo desta cidade.
Vem, para subirmos no telhado e, lá do alto, nosso olhar consiga ultrapassar a torre da igreja para encontrar os horizontes que nunca se vêem, nesta cidade onde estamos presos e livres, soltos e amarrados.
Quero controlar nervoso o relógio, mil vezes por minuto, antes de ouvir o ranger dos teus sapatos amarelos sobre a madeira dos degraus e então levantar brusco para abrir a porta, construindo no rosto um ar natural e vagamente ocupado, como se tivesse sido interrompido em meio a qualquer coisa não muito importante, mas que você me sentisse um pouco distante e tivesse pressa em me chamar outra vez para perto, para baixo ou para cima, não sei, e então você ensaiasse um gesto feito um toque para chegar mais perto, um pouco mais perto, apenas para chegar mais perto de mim.
Então quero que você venha para deitar comigo no meu quarto novo, para ver minha paisagem além da janela, que agora é outra, quero inaugurar meu novo estar-dentro-de-mim ao teu lado, aqui, sob este teto curvo e quebrado, entre estas paredes cobertas de guirlandas de rosas desbotadas. Vem para que eu possa acender incenso do Nepal, velas da Suécia na beirada da janela, fechar charos de haxixe marroquino, abrir armários, mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros possíveis ou presentes impossíveis, dos meus muitos ou nenhuns eus. Vem para que eu possa recuperar sorrisos, pintar teu olho escuro com kol, salpicar tua cara com purpurina dourada, rezar, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou além de chamar você agora, porque tenho medo e estou sozinho, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois."

Trecho do texto 'Lixo e purpurina' do Caio Fernando Abreu, escrito em 1974, publicado no livro Ovelhas Negras.