Um café e um amor. Quentes, por favor!

sábado, 7 de agosto de 2010

Solidão Escudo

Faz tempo que as coisas não tem mais sentido, sei lá acho que nunca me senti tão sozinha, eu sempre me sinto no lugar errado,e na hora errada, não da pra explicar, e eu nem quero isso. Só queria te dizer, que se ás vezes eu pareço distante , é porque eu to tentando me encontrar, e ta difícil , visto assim parece exagero, e talvez até seja, ta tudo tão bem por aqui, mas ainda falta alguma coisa, sabe quando falta? então, ta faltando.
Perdoe meus silêncios, minhas ausências, tenho me fechado tanto ultimamente que eu nem sei o que é me abrir realmente pra alguém, mas por favor, não pense que eu te esqueci ou que não confio ou me preocupo mais com você, é só que eu preciso ficar em paz comigo, me redescobrir.Lembra da minha desorganização? então , agora ela tomou conta de tudo aqui por dentro, é uma mistura de sentimentos, nem todos bons, é to carregando muita coisa ruim aqui comigo, não um ruim para os outros, ruim pra mim entende? preciso dar uma geral nesse caos, organizar tudo, acho que só assim eu vou ter paz.Só queria te pedir que não leve a mal nada que eu tenha dito (ou não dito) nos últimos meses, eu sei que foram inúmeras as vezes que precisou de mim e eu não estava , e quando estava era quase como se não estivesse, não quero parecer exagerada nem nada, mas é que eu imaginava tudo tão diferente e quando vi já tinha inventado um mundo só meu, pra fugir das realidades, mas isso tudo vai passar, aquela alegria antiga e pura vai despertar, e se puder, e quiser, é só ter paciência, eu te juro que vou voltar!

Larissa Castilho Lemos








"Há uma necessidade cultural de chamar para se divertir um filho que lê um livro no quarto. Será que aquilo também não é diversão? Escutei muito: "Vá brincar lá fora, tem sol". Dentro não pode ter sol? Duvido, sim, dos que não ficam um pouco em si, mergulhados, imersos, centrados, costurando as palavras com os cílios da agulha, tramando uma figura no pano de prato, uma figura que nunca terá legenda. Os pensamentos conversam quando paramos de ouví-los."

(Solidão não é prejudicial à saúde - do livro O amor esquece de começar, Carpinejar, p. 68)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Limite Saudável

O problema de todo relacionamento, amor, amizade ou seja lá o que for,é que cada pessoa tem um limite e o que pra você parece muito, pra outro, pode não ser quase nada, e não tem coisa mais destrutiva que chegar ao seu limite e seu esforço não ser sequer percebido.Claro que todo limite pode ser quebrado,mas alguém realmente merece isso?eu sinceramente não estou mais disposta a me sabotar por ninguém,quando uma pessoa vale a pena, você não precisa ultrapassar seus limites pra dar certo,as coisas fluem, e naturalmente.
Para um relacionamento realmente dar certo os dois tem que partir do mesmo ponto,andar na mesma direção, e se em algum momento um dos dois ficar para trás é porque vocês não tinham o mesmo ritmo, e se for esse o caso, a tendência é não dar certo mesmo, não adianta o quanto você se esforce, nesses casos um sempre se doa mais, se envolve mais, gosta mais, e quem CONTROLA a relação, é quem gosta MENOS.
Pra uma relação dar certo,tem que fugir de qualquer tipo de CONTROLE.


Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sede, Desejo,Inspiração e um pouco mais

Vem,me toma pela mão, me envolve nos teus braços, me faz sentir coisas que até Deus duvida.Vem que eu já não tenho anticorpos pra combater esse desejo que me persegue dia e noite,vem que eu te quero como nunca quis nada nem ninguém.Vem que eu te quero sem amarras, sem cobranças,sem expectativas, sem falsas ilusões.Deixa o tempo cuidar do amanhã, porque eu só tenho olhos pro agora.Vem que eu já não consigo disfarçar minha sede. Eu era silêncio e medo,você me deu voz e coragem, me contentava com pouco, você me fez querer mais, muito mais.Então esquece o bom senso, entra na estrada de escolhas insensatas e vem logo...
Você me deu espaço pra verbalizar,agora eu vou dizer tudo na lata, entrelinhas não tão com nada .Em cada letra desse texto tem um pedaço meu, cada vírgula, cada acento, é tudo que eu to sentindo agora, em forma de poesia porque assim eu grito mais alto.Ao invés de um ponto final, eu termino com reticências que é pra deixar claro que tem mais, sempre tem…

Larissa Castilho Lemos





"Não tenha medo deste texto. Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. Nem de eu ser assim e falar tudo na lata. Nem de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. Nem de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. Nem de eu ter ido dormir com dor na alma o fim de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora. Nem desse meu agora ser do tamanho do mundo." Tati Bernardi

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Despedida

Betinhaaa,
Quero te ver sempre assim, feliz, de bem com a vida, com esse sorriso contagiante, essa energia sem igual.
Se precisar de um abraço, meus braços estarão sempre a dispor, meus ouvidos estarão sempre aqui para os seus desabafos, minha boca estará sempre pronta pra dizer que eu estou aqui pro que der e vier, estamos no mesmo barco minha amiga não te deixarei remar sozinha, reme contra a maré, reme com vontade, mesmo que nossas rotas não sejam as mesmas, mesmo que a distancia seja grande, não importa, não há nada capaz de apagar essa ligação que rompe todas as fronteiras, e nos mantém sempre próximas, essa força maior, e indestrutível que eu chamo de amizade.
Agradeço por tua presença, por todas as palavras, por toda força, e principalmente pelas risadas que compartilhou comigo. Nunca se esqueça que tem aqui uma amiga capaz de mover o mundo por você.
Uma saudade absurda é o que eu vou sentir.
Vai lá, corre atrás dos seus sonhos. Eu fico aqui torcendo por você!
De sua eterna amiga e parceira,
Larissa!




Homenagem pra uma amiga que vai fazer muita falta!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Das Levezas Passadas

É difícil, as pessoas complicam tudo, eu complico tudo, você complica tudo. Queria que fosse tudo mais claro, mais limpo, mais leve. Hoje acordei cedo e vi o sol nascer, duas lágrimas caíram sobre o chão, senti uma paz, uma leveza que a tempos não via, depois caminhei descalço pelas ruas vazias, por um momento esqueci de todas essas correntes que me prendem e me limitam, senti liberdade de pássaro, voei sobre meus sonhos e desejos ,pousei num passado distante, antes da escuridão, das correntes,nadei num rio de águas límpidas e frias,caminhei sobre nuvens,com destino a um lugar luminoso pra lá do arco-íris,um lugar onde não existe ontem nem amanhã, só o tempo presente,onde você é o que é, não o que tem,lá o que conta é o de dentro, tuas virtudes somam teu valor. Por um momento não existiam problemas, tristeza, nem solidão. Eu era leveza , felicidade, eu era a Paz!


Larissa Castilho Lemos

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sufoco

Para não morrer sufocada eu vou embora, para não morrer de saudade eu volto sempre...

Ta ficando tarde e eu preciso dizer antes que não faça mais diferença,antes que seja inútil, porque você sabe palavras também tem validade, e se eu não disser logo vai ser tarde e isso que eu preciso dizer vai ser amargo,com riscos de causar até enjoo, como uma comida que esquecida no fundo do armário, perdeu a validade.
Então eu vou dizendo rápido, e sem pausas: Eu te gosto muito, e te quero aqui perto, doses diárias de você são essenciais para me manter em perfeita harmonia com o mundo, com a vida.Sem você eu não consigo e nem tenho vontade de seguir em frente.Não se assuste se de vez em quando eu ligar de madrugada só para ouvir sua respiração, saber que você está vivo me mantém viva.Eu nunca quis que chegasse a esse ponto, era bem mais fácil quando não havia nada a ser dito nem ouvido, não sei quando foi que eu perdi o controle de tudo, mais perdi e nada mais posso fazer a não ser confessar a minha precisão de ti.Não diga nada, agora não,eu disse ta tarde,muito tarde então não me interrompa me deixa concluir isso que está entalado aqui faz tempo.
O sufoco, é, o sufoco outra vez, vou partir no próximo trem sem destino, talvez até o outono ele tenha passado, ou talvez nunca passe.Se o sufoco passar e de saudade eu não morrer, um dia eu volto!







Larissa Castilho Lemos

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mudança

To cheia disso, quero outro tempo,outro enredo, outra vida, outro tudo.Cansei dessa trilha sonora,telefone que nunca toca, emails não respondidos. Vou trocar o roteiro, mudar de direção.Cansei de ficar sentada esperando as coisas acontecerem,não vou mais me alimentar de sonhos impossíveis. Se não foi é porque não é pra ser, coisa chata essa mania que eu tenho de ficar apertando a mesma tecla.
Sempre que as coisas não fluem num ritmo que te agrada é um bom momento pra mudar, se reinventar.E não, não estão fluindo, por isso, eu vou colocar na bagagem tudo o que for bom e deixar o que não for pra trás.E se pegar a estrada errada de novo não importa, mudo de novo, mudo quantas vezes for preciso.
Junto minhas malas,volto pra estrada e sigo viagem,a eterna procura de mim.Um dia me encontro!



Quanto maior o número de mudanças, maior o número de bagagens que você leva consigo.Sempre é um bom momento para mudar!



Larissa Castilho Lemos

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Estranha saudade

Eu vou correndo contra o tempo, pra ver se te encontro, mais o tempo nem existe,você não existe.A tempos só existe o medo,a solidão, o frio, principalmente o frio, vontade de me recolher, fugir pra bem longe,mas, essa angustia sempre me encontra,em todo os lugares que eu vou, o frio ta sempre lá, já faz parte de mim.Tenho medo de me perder nessa escuridão,era tão mais fácil quando o sol brilhava todos os dias.
Só quero te dizer que a saudade ta apertando,e dói muito,sabe, queria que você estivesse aqui,aconteceu tanta coisa, eu precisei muito, muito de você aqui perto, ainda preciso.Outro dia senti tua presença,por um momento achei que você fosse bater na porta e me puxar de volta para a luz, mas não, não foi dessa vez.
Não tenho vontade de ver ninguém, de falar com ninguém, só sei escrever, contar meus problemas pro papel, só sei procurar soluções em livros, preciso de você pra me sacudir, me acordar desse pesadelo, digo você porque ainda não sei seu nome, nem seu endereço, nem onde você está agora, só sei que você existe e que quando eu menos esperar vai me puxar desse abismo,de volta para a claridade e para os dias ensolarados.Como sempre, te espero.Continuo aqui onde sempre estive. Me encontre!


Larissa Castilho Lemos





"Parei um pouco de escrever para olhar pela janela e principalmente para ver se eu conseguia deter o parafuso entrando no pensamento. Acho que consegui. Porque quando começo assim não consigo mais parar, e não quero que eles me dêem aquela injeção, não quero ouvir eles dizendo que não tem remédio, que eu não tenho cura, que você não existe. Eu acho graça e penso em como você também acharia graça se soubesse como eles repetem que você não existe." (Caio Fernando Abreu)



"Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo."(Caio Fernando Abreu)

sábado, 10 de julho de 2010

Eu vou

Eu vou correr para ver o sol,dançar na chuva,dormir na rede,cantar no espelho.Eu vou passar o dia inteiro na cama, e ficar outros três acordada.Vou sair para ver o mar,pular na cachoeira,subir na árvore,fugir de casa e voltar várias vezes.Vou reinventar meu mundo para não morrer de tédio,vou rir,chorar,abraçar,beijar,perder,encontrar,esquecer,relembrar.Vou procurar e não achar.Vou achar sem esperar.Eu vou olhar a lua,contar estrelas,escrever um livro.Vou esquecer o juízo em casa de vez em quando,só para não morrer sem história.Vou me perder.Vou te achar.Vou fugir.Vou te procurar.Vou sorrir.Vou chorar.Eu vou ser feliz,e espero que você também seja!


Larissa Catilho Lemos






“Por tudo que há de mal no mundo, nós merecemos o máximo do bom. Sem culpa!” Caio.F

domingo, 4 de julho de 2010

Meio encontro

Os relógios estão parados, telefones mudos, a vida la fora continua e eu aqui, sem nenhum movimento , só observando, os gestos, palavras, expressões, todos sempre com muita pressa,olhares preocupados.
A pouco o sol se pôs,foi lindo. Lua cheia , céu nublado, silêncio, paz, as gotas de chuva aos poucos encontram meus pés descalços. Bem ao sul te avisto, caminha em minha direção , sigo lenta, poucos passos, querendo e não querendo te encontrar.Estamos cada vez mais perto,não tenho para onde fugir, não tem mais volta, vai começar outra vez:
-Sinto sua falta.
-Sentimos.
-Não tem mais cor,o sol não vem , não faz mais sentido.
-Ficou muito frio,eu não tinha vontade de procurar um agasalho, você não estava aqui,congelei faz tempo.
-Agora estou aqui.
-Meu corpo também,sem alma, ela não suportou o frio.
-Meu sorriso nunca mais foi o mesmo,meus olhos não brilham mais. Eu te preciso!
-Eu teria te feito muito feliz, mas agora não,não poderia fazer por você o que a tempos não faço nem por mim mesma.
-Daria tudo pra voltar no tempo.
-Eu também, preencheria todos aqueles silêncios com o que queria ter dito e não disse.
-Diga agora.
-Teria mudado tudo, mas,agora não mudaria nada.
-Isso é um adeus?
-Ou um até logo, quem sabe?
Vou me afastando aos poucos, até não te ver mais.Continuo a caminhar na chuva. Mais uma vez não disse tudo o que eu queria ter dito, penso em voltar, mas não, não seria natural, antes de te procurar precisaria me encontrar.Não foi dessa vez, quem sabe na próxima nosso encontro aconteça inteiro.


Larissa Castilho Lemos